Após a cirurgia descobri que ganhei um acessório: um dreno. Ele sai da lateral do abdômem e fica ali, pendurado, cerca de três centímetros para fora de você, como se fosse um velho amigo seu, feliz da vida. O problema é que ele, por mais que a medicina diga o contrário, não é seu amigo. É um ser indesejado, algo que não estava previsto no "pacote". Um apêndice incômodo. Não é utilizado em todos os casos, mas em mim, foi. Em poucos dias vão retirá-lo, mas até lá você terá problemas.
No início ele veio protegido em uma bolsa de colostomia. Depois que, em casa, você retira a bolsa, seus temores se confirmam. Em resumo, você simplesmente vaza. É como se você colocasse uma mangueira dentro do tanque de gasolina do seu carro e saísse por aí, dirigindo. Todas as leis da física dizem que o combustível vai irremediavelmente sair do tanque, por mais cuidadoso que você seja, e sai mesmo.
É incômodo. Incomoda ao andar, ao deitar, ao levantar, não tem jeito. Você vai sujar a roupa, os lençóis, a cama. Isso quando você não vaza direto no chão. Péssimo para o humor, péssimo para aqueles que te auxiliam. Você incomoda e se sente incomodado.
A medicina precisa aprimorar o método ou evoluir a ponto de suprimi-lo.
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ResponderExcluirDr. Mauro, tenho a certeza que você vai superar mais esse desafio.
ResponderExcluirTorcemos por você!
Um abraço,
Alexsandra.
Dr.Mauro, Parabéns pelo Blog.
ResponderExcluirVejo nele um grande incentivo para mim, uma vez que serei operada dia 09/09 no life center, Por Dr. Marcelo Girundi.
Abraços Maria Geralda ( mãe de Luciana Jacome)