domingo, 29 de agosto de 2010

"ANIMA, VAGULA, BLANDULA" ou "DE COMO UM POUCO DE VINHO NÃO MATA NINGUÉM"

     Mais uma da série "por que é que eu não posso?"

     Bom, se até os padres podem, por que os gastropastizados não podem? Pois é, uma ou duas taças de vinho não matam ninguém e fazem a gente se sentir muito bem. Aparentemente sem contra-indicações, não tive nenhum problema em me perfilar aos discípulos de Baco por algumas parcas horas, mesmo porque um bom vinho espanhol, chileno ou italiano carrega em si um ar de nobreza, de intelectualidade, até meio blasé, de contido distanciamento das atribulações da vida para, enfim, pensar, ruminar, filosofar.

     É claro que os ortodoxos mais radicais (pleonasmo?) iram se arrepiar com tal fato como se estivessem defronte de uma non sancta  heresia. Paciência... Quem sabe acordam eles para a vida e descobrem que nada pode ser tão extremamente rígido quanto eles pretendem?

     Fica aqui o velho ditado: certas coisas podem até fazer mal para o corpo (o que em verdade, neste caso, não ocorreu), mas fazem um bem enorme para a alma. E a alma deve também ter seus momentos de liberdade, pois é nela que o homem consegue voar, livre dos limites do corpo e das agruras da vida, numa relação ao mesmo tempo dependente e dialética. Assim falou Adriano (Publius Aelius Traianus Hadrianus): Anima, vagula, blandula...

domingo, 22 de agosto de 2010

SE NÃO CAI BEM, VOLTA, ESTA É A REGRA: VOLTOU.

     Verdades devem ser ditas. Ainda que doam em nós mesmos, fazem parte do aprendizado. Já tinha ouvido falar das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica que, de repente, "devolvem" aquilo que comeram, no mais das vezes por excesso (se o tanquinho encher, acabou, isso eu já sabia desde pequenininho). Não foi por exagero no prato, mas foi o que aconteceu comigo hoje após o almoço.

     Entretanto, acho que identifiquei o culpado: nada de diferente, apenas um molho esquisito que aparentava estar saboroso. Uma colher de sopa bastou para literalmente entornar o caldo. No início apareceu como uma leve pressão no peito que achei que iria passar rapidinho, mas, ao contrário, em quase meia hora de agonia, tornou-se sufocante. Aí não teve jeito mesmo: fazer voltar, discretamente, sem nenhum alarde. Vou poupar meus 26 seguidores dos detalhes sórdidos.

     Isso me lembra um personagem das centenas que Jorge Amado criou e que acabo de esquecer o nome (acho que era Balduíno) e que vivia dizendo "vivendo e aprendendo". Se é assim, aprendi! Nada de experiências exóticas, pelo menos por enquanto.

     Abraços.

domingo, 15 de agosto de 2010

MAIS EQUIPE ASSEJUR

Agora coube mais uma parte da equipe Assejur. Para quem não sabe, 
o bonitão de gravata azul sou eu, quase magro.

domingo, 8 de agosto de 2010

MENSAGEM DO DIA DOS PAIS

     Abro aqui uma brecha para prestar uma homenagem aos pais pelo dia de hoje. Transfiro a todos eles a homenagem a mim feita por minha filha, Daniela (http://danielacfranco.blogspot.com/), neste pequeno e emocionante video. Obrigado, Dani. Amo você demais. Parabéns a todos: http://www.youtube.com/watch?v=x0EaBBtHRCI

GRANDES TENTAÇÕES - PEQUENOS DESLIZES


     Como meus amigos já sabem, vivo dizendo que " o que faz mal para o corpo pode fazer bem para a alma". Assim, nada como satisfazer um grande desejo, uma pequena válvula de escape para quebrar a monotonia e voltar a "viver perigosamente", ainda que por um fugaz instante. Nada muito comprometedor, apenas um desejo satisfeito: comer pizza. Ainda que a porção seja mínima, vale a satisfação. E o melhor, me senti muito bem, desceu sem problema. Risco controlado, sem abusos e com total segurança.Queria comer pizza, comi pizza.  Confira na foto abaixo.



Mais um petisco: casquinha de siri. Também não fez mal algum ao meu estômago. E me senti como um rei em um banquete, em razão do sabor "exótico" da iguaria. Além do mais, a textura pastosa facilitou o acesso.
Valeu mesmo.



Obs. - O limão foi usado só como enfeite.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ATIVIDADES FÍSICAS - O RETORNO

     Bem,  passadas cerca de 6 semanas da cirurgia iniciei as caminhadas, ainda que sem forçar. Como mencionei outro dia neste cantinho do ciberespaço - já li isso em algum lugar - caminhar é algo que o obeso aprende a abrir mão, seja para conversar com alguém, ir ao banco (ainda bem que tem a internet, né?), ou simplesmente perambular por aí. Para um obeso soa quase como heresia você obriga-lo a andar mais de 20 passos sem um bom motivo. Como bons motivos indicamos ir à pastelaria, comer um sanduiche com pelo menos 1 kg e pingando gordura de bacon, atacar uma generosa fatia de um Floresta Negra, um banana split, etc. E haja fôlego para andar tanto, mas, podemos dizer, esses pequenos petiscos, para o obeso, valem o esforço e o suor. Isso sem falar no medo de cair e ficar estalelado no chão como um quibe sem pernas. Vale lembrar que o obeso normalmente tem um medo terrível de cair, outro bom motivo para evitar caminhadas.

     O processo de iniciar as caminhadas precisa de muita coragem e determinação. Você simplesmente não sabe se vai dar certo ou não. Fato é que, já disposto a caminhar, após 3 semanas de cirurgia comprei meu primeiro "tênis para caminhadas", última tecnologia, pelo qual paguei os olhos da cara, tudo em nome do esporte. Devo confessar que meus antecedentes no uso de tênis nunca foram muito promissores para os fabricantes: meus tênis costumavam durar aproximadamente 4, 5 anos, isto significa que, se dependesse só de mim, as fábricas de tênis estariam fechadas há muitos anos.

     Vestido de atleta, camisa, calção, tênis, meias e fone de ouvido com uma seleção de Genesis, Allman Brothers e Rick Wakeman (sem falar na minha companheira de todas as horas, aquela que nunca me abandona, grudada em mim quase 24 horas por dia, a cinta abdominal), preparei-me para o desafio. Assim paramentado de atleta, comecei as caminhadas, andando cerca de 1.600 metros por dia, 2 dias da semana. É claro que após cada volta de 400 metros, dava uma paradinha estratégica. Devagar, hoje já faço 3.600 metros em 2 séries de 800 metros, 1 série de 1.200 metros e mais uma série de 800 metros para finalizar, com pequenos intervalos entre as séries e sem competir com ninguém. Só salvo o melhor tempo do dia, para controle. Devagar eu chego lá. Ainda vou falar da minha intenção de praticar um esporte de contato, tipo karatê, jiu-jitsu ou taekwondo, mas isso só o futuro dirá. Qualquer dia tiro uma foto e posto por aqui.

Por hoje é só. Abraços aos visitantes e seguidores.

MAIS UMA FOTO DA VELHA SÉRIE "EU ERA ASSIM, FIQUEI ASSIM".

A foto menor é de janeiro e a maior de julho/2010.
Já dá pra notar uma leve diferença, não dá?