domingo, 29 de agosto de 2010

"ANIMA, VAGULA, BLANDULA" ou "DE COMO UM POUCO DE VINHO NÃO MATA NINGUÉM"

     Mais uma da série "por que é que eu não posso?"

     Bom, se até os padres podem, por que os gastropastizados não podem? Pois é, uma ou duas taças de vinho não matam ninguém e fazem a gente se sentir muito bem. Aparentemente sem contra-indicações, não tive nenhum problema em me perfilar aos discípulos de Baco por algumas parcas horas, mesmo porque um bom vinho espanhol, chileno ou italiano carrega em si um ar de nobreza, de intelectualidade, até meio blasé, de contido distanciamento das atribulações da vida para, enfim, pensar, ruminar, filosofar.

     É claro que os ortodoxos mais radicais (pleonasmo?) iram se arrepiar com tal fato como se estivessem defronte de uma non sancta  heresia. Paciência... Quem sabe acordam eles para a vida e descobrem que nada pode ser tão extremamente rígido quanto eles pretendem?

     Fica aqui o velho ditado: certas coisas podem até fazer mal para o corpo (o que em verdade, neste caso, não ocorreu), mas fazem um bem enorme para a alma. E a alma deve também ter seus momentos de liberdade, pois é nela que o homem consegue voar, livre dos limites do corpo e das agruras da vida, numa relação ao mesmo tempo dependente e dialética. Assim falou Adriano (Publius Aelius Traianus Hadrianus): Anima, vagula, blandula...

Um comentário:

  1. "Doctor" Mauro:
    PARABÉNS!!!!!!!!!
    Muita paz, saúde, sucesso, amor, conquistas, realizações e felicidades infinitas!!!
    Abraços.

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